Estado alterado de consciência. Expansão, presença. Espaço interno em sublimação. Conexão, fluidez.
A busca pelo estado de transe nos move em direção a um espaço sagrado dentro de nós mesmos. Um momento sublime de desconexão com o ego, uma viagem interna individual que provoca uma sensação de pertencimento ao todo. Um breu, espaço desconhecido, um estado fluido, líquido, hipnótico. Entrar em transe é se diluir com o universo, epifania. É a complexidade tornada simples.
O encontro com este instante pode se dar por meio das mais diversas formas: Estímulos sensoriais, cinco sentidos, cinco elementos: nariz, olhos, boca, mãos e orelhas. Sexualidade, momento de gozo, transe. Conexão com outro ser humano. Corpo em movimento. Dança, fruição, consciência. Instante em fluxo criativo, criação e criatividade. Substâncias psicoativas, música, frequências vibracionais.
Nesta coleção, trago elementos que dialogam com estes caminhos pelos quais percorremos em busca do TRANSE e represento este encontro por meio das peças. O espaço desconhecido, o breu, o intangível, é representado pela Ágata negra, acompanhada de madres pérolas - as mães criadoras das pérolas, simbolizando o feminino, o fluxo criativo e os estados hipnóticos, com seus desenhos únicos que fazem referência também a psicodelia. Os corais bambu foram escolhidos como elementos criados em águas oceânicas, representando o transe como um mergulho interno profundo. Esculturas de corpos femininos encontram-se, tornando-se um. O corpo feminino nasce a partir das mãos criadoras. A complexidade de formas é simplificada em linhas.